18.10.10

Chegamos em Rhodes já passava das 22 horas. Para variar, eu que escolhi o hotel pelo site do booking.com. Cismei que queria ficar dentro das muralhas da cidade antiga de Rhodes, mesmo que isto significasse alguns perrengues.

Dentro do táxi, já deu para entender que o motorista não poderia entrar na cidade antiga de carro. Lá só é possível entrar carro de moradores. O que fazer com nossas malas a pé dentro daquela cidade toda de pedrinha? Abri o mapa e vi que, para piorar, eu havia escolhido um hotel que ficava bem no meio mesmo da cidade, lá no miolinho, bem longe das muralhas.

Bruno começou a coçar a cabeça e ensaiou reclamar. Ah, não! Se não quer ter trabalho de procurar hotel, não vai poder reclamar, não. Mas o cara-de-pau disse que ia procurar outra empresa de turismo para a próxima viagem porque não está plenamente satisfeito com os meus serviços. Posso?

O motorista nos deixou na entrada da cidade e lá estava um policial e um moço com um carrinho estilo carro de golf. Subimos nossas malas e eu fui atrás, toda empolgada com o perrengue que não precisamos viver àquela hora da noite. O transporte ainda era gratuito, pago pela Prefeitura!

O carrinho foi se enfiando naquelas ruas estreitas e escuras até chegar ao hotel, que mais parece uma pousada. Bruno tinha toda razão, sem o carrinho passaríamos a noite procurando o hotel.

Uma senhora veio abrir a porta e nos ajudou a levar as malas até o quarto, pois o hotel não tem elevador. Ela nos deu a chave do portão do hotel, explicando que, à noite, não há ninguém na portaria. Bem simples, mas eu estava dentro da cidade medieval de Rhodes!!! U-hu!

Na manhã seguinte, chovia muito. Ai, que desânimo! Ainda bem que compramos em Ushuaia, por um excelente preço, nosso “uniforme” para dias de chuva: sapatos impermeáveis e casaco impermeável e corta-vento. Recomendo!

Resolvemos começar fazendo um percurso ao longo de toda a muralha, para ter um panorama da cidade.

Rhodes é a capital da região do Dodecaneso. Fez parte dos impérios romano e bizantino e, depois, foi governada pelos Cavaleiros da Ordem de Malta, entre os séculos XIV e XVI. É esta a parte medieval da cidade onde estávamos.

É realmente incrível, parece que o tempo ali parou. Se não fossem os carros e as roupas das pessoas, eu me sentiria num túnel do tempo!

Abaixo uma das ruelas da cidade.



A muralha é do ano de 1330, possui 4km, em alguns lugares chega a 12m de espessura, tem onze portões e enormes fossos, como este:



Estava cheio de balas de canhão.




E olha só algumas balas incrustradas no próprio muro!



Este é o portão Agíou Athanasíou.



Aqui o Portão de São João.



Logo a seguir, vimos umas ruínas bastante interessantes de uma igreja, a “Panagia Tou Kastrou” (Nossa Senhora do Castelo)



Chegamos, então, a uma praça bastante movimentada, a Plateia (que é praça em grego) Ippokrátous, onde paramos para almoçar. Bem no meio dela há uma fonte medieval.



A praça fica de frente para o Portão da Marinha, muito bonito se visto pelo lado de fora das muralhas.





Atravessamos o portão para apreciá-lo melhor e vimos, do outro lado da rua, uma “loja-barco”.



Nem pude ficar dentro dela muito tempo porque já estava me sentindo meio enjoada!

Bruno se amarrou nos peixinhos que estavam à venda. Parece até que estão olhando para gente, não é?



A loja vendia, obviamente, artigos relacionados ao mar. Uma graça!



Continuando pela muralha, vimos o Museu Arqueológico e resolvemos entrar. O prédio em si é muito interessante, pois era ali que funcionava o Hospital dos Cavaleiros.

O pátio de entrada do museu:






O prédio foi construído em 1481, em estilo gótico. A visita vale mais por ele que por seu acervo. Não que seja ruim, mas já havíamos visto coisas realmente espetaculares em Atenas e Creta, o que acabou tirando um pouco do brilho deste museu.



Para nossa sorte, o museu fecha às 20h, o que fez com que aproveitássemos ao máximo o dia. Os responsáveis pelo museu só esqueceram de ligar as luzes... Em algumas salas, ficávamos na penumbra e mal dava para ver os objetos.

A melhor parte do acervo deles, em minha opinião, são os mosaicos. Abaixo alguns exemplos.






Com a visita ao museu, encerramos nosso dia. Amanhã, teremos mais um dia inteiro pela cidade antiga de Rhodes.



9 comments :

  1. Salvos pelo carrinho de golf...kkkk!

    ResponderExcluir
  2. Queria ver vocês com roupa impermeável, fofos!

    ResponderExcluir
  3. Muito legal a cidade medieval. As balas de canhão são uma graça, nem parece que o negócio é sério. Hoje são inocentes e bonitinhas.

    ResponderExcluir
  4. Amei os peixinhos, parecem um sol com rostinho. Eu ia adotar como uma espécie de amuleto da alegria...rs.

    ResponderExcluir
  5. Belos mosaicos, bem no estilo grego.

    ResponderExcluir
  6. Sabe que até deu vontade mesmo de comprar um peixinho? Fiquei meio na dúvida, mas acho que é de verdade, empalhado, não é?

    ResponderExcluir
  7. Se não fosse o carrinho de golf, seu irmão teria me perturbado pacas! Ai meus ouvidinhos... Rsrsrs

    ResponderExcluir
  8. Eu adoraria visitar essa cidade, mas ainda não tive essa oportunidade! As suas fotos me deixaram ainda mais "serelepe"!!!
    Mas eu faria como você e gostaria de me hospedar na parte antiga da cidade, nem que isso implicasse carregar malas nas costas, e já fiz isso muitas vezes! Pelo menos nesse ponto meu marido não reclama!

    ResponderExcluir
  9. Oi Milena! Quando a gente viaja é importante estar disposto a se aventurar, né? Obrigada pelo comentário! Abçs.

    ResponderExcluir