Assim como ontem, acordamos e fomos
tomar nosso café na “Spar”, uma loja de conveniência que há
por toda parte por aqui. Na O`Connel Street, elegemos uma que tinha
potes de saladas de frutas e de iogurte natural com pedaços de
frutas e cereais. Recomendamos muito para quem quer um café da manhã
mais saudável e mais em conta.
Hoje, o dia amanheceu sem chuva e bem
menos frio, embora nublado. Comemoramos muito, já que, ao que
parece, não se pode esperar muito mais do verão deles.
E lá fomos nós em direção à
“Christ Church Cathedral”, a catedral da diocese de Dublin da
Igreja Anglicana da Irlanda.
Neste local, por volta do ano de 1030,
na época dos Vikings, foi construída a catedral de Dublin. Mas o
traço arquitetônico atual é de 1180, quando o primeiro arcebispo
normando mandou reconstruir a catedral.
Reparem no belíssimo chão do coro!
Outro ponto interessante é a cripta,
uma das maiores na Grã-Bretanha, onde fica guardado o tesouro da
catedral.
Só que o que é realmente interessante
é que, por mais estranho que possa parecer, na cripta, há um bar,
num clima totalmente lounge, com música moderna de fundo!
E, num canto, há um rato e um gato
mumificados!!! Foram encontrados na década de 1860, presos num dos
tubos do órgão, supostamente o gato querendo pegar o rato, é
claro.
Saímos da catedral e nos dirigimos
para o castelo de Dublin. No caminho, passamos em frente ao City Hall
(prefeitura) e resolvemos entrar.
O edifício foi construído entre 1769
e 1779 e tem belas colunas coríntias.
Finalmente, chegamos ao castelo de
Dublin. Atravessamos um portão que dava para o pátio do castelo e
ali sentamos para comer nosso almoço de todos os dias – um
sanduíche, claro. Para os perrengueiros, não há tempo a perder
enquanto houver um museu, castelo ou igreja abertos! Sentar num
restaurante e comer calmamente só à noite, quando a grande maioria
das atrações turísticas já fecharam!
No século XIII, foi construída aqui a
primeira fortaleza pelos anglo-normandos. A partir de então e
durante sete séculos, o castelo foi símbolo do domínio inglês, já
que, apenas com o tratado anglo-irlandês de 1921, a ilha foi
dividida, criando-se a atual República da Irlanda e mantendo-se a
Irlanda do Norte ligada ao Reino Unido.
No castelo, não há audioguias (nossos
melhores amigos) e a única maneira de visitar é com tours guiados.
O tour começa pela parte interna do castelo.
Passamos por vários salões muito
bonitos. Dentre eles, a sala de recepção,
a sala do trono, instalado aqui por
ocasião da visita do rei Jorge IV, em 1821 (o tamanho do trono me dá
uma leve impressão que Jorge IV era um tanto gordinho, não
acham?)
e pelo St. Patrick's hall, um luxuoso
salão com estandartes dos Cavaleiros de São Patrício.
A guia nos levou, então, de volta ao
pátio. Entre algumas histórias que contou, achei muito interessante
a que dizia respeito à estátua da Justiça.
A estátua foi alvo de muito deboche
por parte dos dublinenses. Isto porque a balança realmente
funcionava e, como em Dublin chove o tempo todo, a água da chuva
enchia seus pratos, fazendo peso. Assim, ao contrário do esperado, a
balança da Justiça vivia desequilibrada! Outra razão era por estar
a estátua voltada para dentro do castelo. Os dublinenses diziam que
a Justiça dava as costas para o povo.
Por último, a guia nos levou para ver
a base da Powder Tower, que é o que restou de uma torre da fortaleza
que aqui existiu no século XIII.
Findo o tour, fomos para a segunda
igreja do dia e a maior da Irlanda, a Saint Patrick's Cathedral,
catedral nacional da igreja protestante da Irlanda.
Até o ano de 1192, havia uma capela de
madeira neste lugar, quando, então, a catedral foi construída em
pedra. Grande parte do que se vê hoje, entretanto, é do século
XIII, tendo passado, é claro, por algumas restaurações, como a de
1860, financiada por Sir Benjamin Guinness (sim, o mesmo da
cerveja!).
Num curioso canto, chamado de “Swift's
corner”, há alguns objetos do escritor Jonathan Swift, que foi
deão nesta igreja. Por nós, ele é mais conhecido por ter escrito a
obra “As viagens de Gulliver”.
Ao lado da igreja, há um jardim, o
Saint Patrick's park. Logo na entrada, há uma pedra com escritos,
informando que, neste jardim, no século V, havia um poço onde Saint
Patrick teria batizado vários habitantes do local.
Costumo gostar muito de jardins, mas
confesso que, com o vento frio de fim de tarde, preferi rumar de
pressa para o último destino do dia, onde iríamos jantar, o tão
famoso Temple Bar.
O lugar é realmente muito animado,
como eu imaginara! É um conjunto de ruas estreitas, de pedras,
cheias de lojas, galerias, pubs e restaurantes, muitos com música ao
vivo, além de vários artistas de rua.
Escolhemos um pub com música ao vivo
para terminar nosso longo dia. O repertório do cantor era excelente
e o ambiente bastante aconchegante.
Se quiserem saber mais detalhes do pub
e da região, é só ir até o post de “dicas e curiosidades”
de Dublin.
Bom, terminamos mais um dia, voltando a
pé para o nosso hotel (aliás, uma das vantagens de Dublin é poder
fazer praticamente tudo a pé). Amanhã, visitaremos a fábrica daGuinness! Até lá!
Além da beleza do chão da Christ Church Cathedral fiquei impressionada com o tamanho do gato e do rato mumificados. Eram enormes os precursores do Tom e Jerry!
ResponderExcluirEssa história da estátua da justiça me pareceu bem realista...rs!
ResponderExcluirsabe que a mim tb, Fabi? rsrsrs
ResponderExcluirEssas fotos deste post estão espetaculares. Parabéns,Gostei muito da segunda, acho que é uma igreja. Fantastica.
ResponderExcluirValeu Wevs! As vezes a gente tenta caprichar um pouquinho mais pensando nos amigos do blog. Abração.
ResponderExcluirLegal, Wevs! Obrigada por deixar seu comentário. Elogio fotográfico vindo de vc é O elogio! Bjs.
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